É ela quem bota a feira dentro de casa
Uma reflexão sobre Identidades, Masculinidades e violências contra as mulheres
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Ser homem? Em várias comunidades onde pesquisei, ser homem é ser viril. O homem deve ter as características sociais e físicas que lhe são atribuídas pelo padrão hegemônico: a força, a honra, a potência sexual. Essa virilidade é ensinada como regra aos jovens durante a socialização. Todos afirmam que as mulheres cobram o fato de serem provedores e que homem que não é, não presta. Mas, a mulher arruma trabalho muito mais facilmente do que o homem, principalmente nas atividades domésticas. Para os homens sem instrução, quais são as possibilidades de trabalho? A nossa proposta ...
Ser homem? Em várias comunidades onde pesquisei, ser homem é ser viril. O homem deve ter as características sociais e físicas que lhe são atribuídas pelo padrão hegemônico: a força, a honra, a potência sexual. Essa virilidade é ensinada como regra aos jovens durante a socialização. Todos afirmam que as mulheres cobram o fato de serem provedores e que homem que não é, não presta. Mas, a mulher arruma trabalho muito mais facilmente do que o homem, principalmente nas atividades domésticas. Para os homens sem instrução, quais são as possibilidades de trabalho? A nossa proposta é, a partir da historia de vida, compreender a origem da violência para poder enfrenta-la, limitar a reincidência e, com ações preventivas, diminuir as violências contra a mulher. A violência de gênero vai muito além de uma briga de casal. Por causa da violência adquirida na infância, os homens reproduzem relações de violência, ignorando a lei, negando o estatuto de sujeito da companheira. A questão se torna societal e política e o problema é da sociedade como um todo. É urgente desenvolver projetos preventivos com todas as camadas da sociedade, pela educação e responsabilização de cada um.
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