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Hosi ou Chefe Mangoro, nascido por volta de 1792, juntou-se ainda jovem a outras forças militares de renome do seu tempo. Como combatente forte e revolucionário, foi recrutado para essas brigadas, viajou para o noroeste e para o extremo norte. A tribo e comunidade Mangoro Bokisi, também conhecida como Makhuvele-Mugwena, ramo de Bakwena, foi liderada por Hosi Mangoro nos anos que coincidiram com as guerras de Mfecane. Hosi Mangoro e a sua comunidade estabeleceram-se em Speloken em 1832, no sopé do rio Klein Letaba e a sul da montanha Ribolla. O modo africano de auto-identificação nessa altura era através da chefia. A base da vida política e social africana era a chefia. Tratava-se de um agrupamento de membros da mesma unidade produtiva e era dominado pelos membros de um clã, neste caso o clã Makhuvele - a comunidade Bokisi. O chefe Mangoro Bokisi administrava uma forma de justiça inteiramente baseada na comunidade moral e na chefia, protegia o exército com os seus medicamentos de guerra, intercedia junto dos antepassados do clã e regulava as estratégias de produção. O chefe Mangoro Bokisi transmitia aos seus seguidores um sentimento de pertença e de unidade, utilizando símbolos de cargo que, segundo se acreditava, lhe conferiam poderes.