¿Chegou, enfim, um tempo em que tudo o que os homens haviam considerado inalienável se tornou objeto de troca, de tráfico e podia vender-se. O tempo em que as próprias coisas que até então eram compartilhadas mas jamais trocadas; dadas, mas jamais vendidas; adquiridas mas jamais compradas ¿ virtude, amor, opinião, ciência, consciência etc ¿ em que tudo passou para o comércio. O tempo da corrupção geral, da venalidade universal, ou, para falar em termos de economia política, o tempo em que qualquer coisa, moral ou física, uma vez tornada valor venal, é levada ao mercado para receber um preço, no seu mais justo valor¿ (Karl Marx em A Miséria da filosofia, 1847). Por isso... "Tomo partido, vivo, sinto que já pulsa nas consciências viris do meu partido a atividade da cidade futura que estamos construindo. E, nela, a cadeia social não pesa apenas sobre poucos; nela, nada do que ocorre se deve ao acaso, à fatalidade, mas é obra inteligente dos cidadãos" (Atribuído a Gramsci em La cittá futura, 1917). Avante!