O estudo analisou a atuação política do empresariado nacional, representados pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC, entidade que congrega mais de 140 sindicatos patronais no estado catarinense. Apresentou-se o campo teórico a respeito da ação da classe dominante no interior dos aparelhos do Estado, destacando o papel da elite intelectual no processo de condução da hegemonia. Em seguida, recuperou-se a trajetória histórica estabelecida entre a classe empresarial brasileira e o governo, desde o início do processo de industrialização na década de 1930 até 2010. Diante da análise, percebe-se um Estado muito presente na economia, sendo por vezes o indutor da ação coletiva empresarial. Em decorrência da abertura de mercado dos anos 1990, verifica-se uma falta de política de desenvolvimento industrial favorável ao empresariado nacional. Por fim, estreitando o objeto de estudo, verificou-se na atuação da FIESC um forte ator político em Santa Catarina. Representante do empresariado industrial, atende os interesses de classe através de sua forte influência com o setor público e a sociedade civil.