Este mundo coloca a falsidade no poder, enquanto a sua salvação reside na autenticidade, sinónimo de modernidade. Como sair deste paradoxo destrutivo? Hoje, "L'authenticité à l'épreuve de la fausseté. Quand les faux-culs se carolent la part du lion", tenta dar uma resposta racional e única a esta questão. É certo que a perfeição não é deste mundo e que a exemplaridade também não, mas será por isso que aqueles que brincam com o fogo devem, como mandam os seus poderes, eliminar aqueles que, de cara descoberta, ousam apontar as violações da ética e as injustiças associadas a estes comportamentos de fronteira inaceitáveis? É certo que os casos se sucedem e que cabe à justiça esclarecê-los, mas isso está longe de ser suficiente, tanto mais que os resultados não existem, as crises instalam-se com consequências económicas, sociais e humanas duradouras e o planeta está ameaçado pelas alterações climáticas. Inverter a tendência, pôr a falsidade à prova da autenticidade, é ambicioso mas essencial. É o dever honroso de todos e de cada um de nós.