O presente trabalho busca compreender como o medo da violência criminosa, entre os anos de 1980 e 2010, imprimiram na sociedade, posturas em função do medo de tais ocorrências. Logo, entende-se que como consequência o espaço materializa o sentimento do medo em novos rearranjos, atribuindo-lhe uma nova configuração. Como área de pesquisa, elegeu-se o bairro da Iputinga, situado na RPA-4, na zona oeste da cidade do Recife-PE, mas precisamente 17 áreas de baixa renda presentes no mesmo. Dessa forma, intentou-se identificar como o sentimento do medo, cada vez mais difundido, opera em locais que são apontados como provedores da violência criminosa e, ao mesmo tempo, são passíveis das ocorrências em seus territórios. Para tanto, utilizou-se de um instrumento de coleta de dados (questionário) que permitisse inferir minimamente sobre a percepção dos moradores dessas áreas. A partir da análise dos dados primários, verificou-se pistas que demonstram as particularidades territoriais, podendo assim fazer uma relação entre a psicoesfera e tecnoesfera promulgadas por Santos (1997).
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