Assim que a educação passou a ser considerada instrumento imprescindível à expansão do mercado, vimos desaparecer seus fundamentos de emancipação política e expansão pessoal. Educar já não se trata de conduzir os mais jovens para a compreensão das leis do mundo. Segundo o modelo capitalista, a educação escolar inicial diz respeito à oferta de competências de base que permitam ao sujeito buscar, no decorrer de sua vida, sua formação permanente que, por sua vez, lhe propiciará incorporar os últimos conhecimentos e técnicas reclamados pelo mercado. Capturado pelo discurso do capitalista, o professor deixa de agir subjetivamente de seu lugar de adulto, responsável pela transição dos mais jovens neste mundo, pois as leis fundantes da subjetividade passam a ser encobertas pelo falso testemunho de que não há lei. Contudo, as leis da linguagem não são passíveis de dissimulação e reclamam a interdição ao gozo. Assim, cria-se um impasse ao sujeito que ouve o anúncio do discurso tecnocientífico de que não há limite e, portanto, o acesso ao gozo é livre, mas que se defronta com sua própria castração, vez que, inevitavelmente, está submetido à linguagem.
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