Esta é uma etnografia que toma por base o estudo da linguística para fazer reflexões antropológicas no que concerne ao modo de vida dos repentistas. Violeiros, cantadores, repentistas cantam e através do improviso apresentam e evidenciam no ritual as suas relações, o seu viver social. Através do repente é possível apreender o modo de vida social do cantador. O repente é apresentado como poesia improvisada em que dois cantadores com suas violas trocam palavras. O improviso e a surpresa que ele propicia no ouvinte são definidores da cantoria. Mas existe uma variação dele que é o balaio, que é permitido em festivais midiatizados, e que pode ser gerador de conflito. O trabalho tem objetivo de correlacionar teoria antropológica e linguística entendendo o universo da cantoria, seus valores e significados pela perspectiva de cantadores em consonância com a vivência da pesquisadora. Entre dramas e relações menos conflituosas o processo social em que repentistas e pesquisadora estão inseridos é compreendido para formular um registro etnográfico. Este trabalho foi agraciado com o segundo lugar no concurso Sílvio Romero de Monografias, do IPHAN, em 2015.