Face aos avanços da ciência e da medicina, os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, deparam-se com dilemas éticos/morais na prática clínica em fim de vida. Se por um lado, a evolução da medicina permite curar doenças e prolongar a vida, por outro, não deixa que a morte aconteça naturalmente. Objectivo geral: conhecer a perspetiva dos profissionais de saúde sobre a Diretiva Antecipada de Vontade, no cuidar da pessoa em fim de vida. Metodologia: abordagem qualitativa; exploratório-descritivo; entrevista semiestruturada a profissionais de saúde em contexto de cuidados intensivos e paliativos, em Portugal. Procedeu-se à analise de conteúdo e foram foram respeitados princípios éticos/morais.Resultados: os participantes expressaram várias conceções acerca da Diretiva Antecipada de Vontade, nomeadamente ser um instrumento que fornece informação relativa à vontade do doente sobre os cuidados em fim de vida. Identificaram vários meios de obtenção de informação: processo do doente; auscultação do doente/família e consulta do registo de saúde eletrónico, facilita ainda os limites de intervenção. Conclusão: Urge uma maior aposta na formação.