O objetivo desta coleção de ensaios é descer à urbe e analisá-la criticamente, aportar um olhar filosófico ao modo como certos fenômenos se produzem e se repetem e se repetem ao ponto de destituírem-se de sentido. O texto toma a (fragmentária) obra de Walter Benjamin (1892-1940) como um mapa da cidade: percorre caminhos similares àqueles percorridos pelo filósofo alemão, porém atualizando-os aos dias atuais. Com isso, busca contribuir com a relevância e o eco do pensamento de Benjamin, mesmo setenta anos após sua morte. Os ensaios aqui reunidos transitam por cinco territórios afins: literatura, arquitetura, artes visuais, fotografia e cinema. Um conceito comum une tais territórios, o da estética do espetáculo. Espetáculo aqui proposto enquanto aquilo que se opõe a crítica ou seja, enquanto o evento que causa barulho mas não reflexão; o evento que prenuncia a falência do espírito crítico. A incapacidade crítica é a porta de entrada para a estética do espetáculo.