Uma refelexão acerca da música como objeto terapêutico na clínica da musicoterapia e as possibilidades de criação e reinvenção de sentidos e de memórias por ela oferecidas no tratamento de pessoas em sofrimento psíquico. Observamos os efeitos dessa prática na clínica com pacientes psicóticos, quando percebemos que algo que não pode ser dito em palavras se dá no momento da execução musical durante uma sessão de musicoterapia, ou mesmo na troca das sensíveis experiências musicais dos participantes, quando um é tocado,é afetado pela narrativa musical do outro. O estudo dos fragmentos clínicos apresentados nos permite fazer uma articulação entre o campo da Musicoterpia e o da Memória Social, uma vez constatado que a música, assim como a memória, traz em si duas dimensões - conservação e criação É uma articulação nova para os dois campos em questão.