Este trabalho, localizado no campo da sociologia da literatura, propõe um diálogo entre o pensamento sociológico e a literatura de Franz Kafka, em especial o romance O Castelo escrito em 1922. Trazendo à tona o debate acerca da racionalidade e da burocracia moderna em pensadores como Adorno e Weber, o autor procura compreender como esses conteúdos são abordados literariamente pelo escritor de Praga e de que maneira eles podem dialogar entre si. O desafio para alcançar tal objetivo perpassa pelo desenvolvimento de um método de análise literária cujo principal alicerce são os estudos empreendidos por György Lukács sobre o fenômeno literário, evidenciando a atualidade e a relevância da obra de Kafka para a compreensão do mundo moderno.