Nos últimos vinte anos, a África, em particular a região subsariana, adquiriu uma posição crucial na geopolítica do petróleo mundial.Este reposicionamento está ligado à revolução offshore e onshore, que conduziu a uma série de descobertas importantes no Golfo da Guiné, na bacia costeira atlântica, na bacia central, no litoral do Oceano Índico e na Fenda da África Oriental. A Fenda da África Oriental, na região dos países dos Grandes Lagos, é um dos locais onde as estratégias geopolíticas entram em jogo entre os países produtores de hidrocarbonetos e as companhias petrolíferas multinacionais ocidentais. É o caso do petróleo do parque de Virunga (Bloco V do Albertine Graben), do petróleo dos Blocos III e IV do Albertine Graben, do petróleo transfronteiriço (Blocos I e II do Albertine Graben) entre a RDC e o Uganda, do gás metano do lago Kivu, onde cartuchos, capital, tinta e saliva se esgotam em disputas de interesses geopolíticos dos protagonistas.