O ensino do árabe foi integrado no sistema educativo senegalês em diferentes etapas. Com efeito, a introdução da língua no Senegal, antes da colonização, trouxe profundas mudanças intelectuais, religiosas, morais e culturais entre os senegaleses. Para além do seu carácter de primeira língua estrangeira, codificada e escrita, era não só um meio de comunicação entre tribos, mas também uma língua de ensino/aprendizagem. Como resultado, tem gozado do apoio e amor dos muçulmanos senegaleses, que o elevaram a uma categoria superior. No entanto, durante a era colonial, o ensino do árabe foi vítima de campanhas de estigmatização, marginalização e denigração por parte da administração colonial, que queria erradicá-lo para impor a sua própria língua. Apesar da promulgação de decretos visando o fechamento de centros de ensino de árabe e a prisão de professores corânicos recalcitrantes, o ensino do árabe conseguiu superar todas as dificuldades graças a certos políticos com vozes autoritárias e intelectuais araboístas.