O livro foi organizado em três partes. A primeira, mais poética-filosófica, vincula a experiência vivida do som no espaço com o desejo de emitir sons, assim como apresenta o conceito de intuição diagramática para vislumbrar a vivência do espaço na atividade de composição musical. A partir da segunda parte, definimos gêneros de espaço em composição instrumental e a forma de pensar seus entrecruzamentos. São eles: espaço sonoro, espaço figural, espaço cênico e espaço acústico. A terceira parte elabora a aplicação desta teorização sobre gêneros de espaço através da análise e da observação de exemplos variados, seja a partir de peças específicas ou de concepções de determinados compositores, com ênfase em obras do século XX. Ao final, uma breve exposição de uma ideia desenvolvida pelo autor em composição é realizada, girando em torno do conceito de velocidade figural. Compositores como Berlioz, Wagner, Varèse, Schoenberg, Webern, Luigi Nono, Henry Brant, Pierre Boulez, Iannis Xenakise Emmanuel Nunes são abordados e refletidos neste trabalho.