Este trabalho investiga a forma como a região Centro-Oeste historicamente se articulou ao capitalismo brasileiro e às demais regiões do país por via da retomada histórica de seu processo de ocupação aliada a um estudo teórico sobre o termo fronteira, bem como como sobre o contexto macroeconômico brasileiro do século XX e seus reflexos na agropecuária. Observou-se que a região converteu-se em frente pioneira a partir de 1960, com a transferência da capital para Brasília. A partir de então, todo o processo de produção do Centro-Oeste como um espaço economicamente atrativo para os grandes capitais nacionais e internacionais teve atuação decisiva do Estado, dentro de um projeto de rápido crescimento econômico empreendido entre as décadas de 1960 e 1970, e que se esgotou a partir de 1980. A partir desse levantamento, o trabalho busca levantar quais foram as conseqüências desse processo para a estrutura agrária e o desenvolvimento regional, levando em conta os indicadores agropecuários, de renda e desenvolvimento sociais levantados a partir dos censos populacionais e agrários.