A vontade humana de viver fundamenta-se na Vontade Cósmica, que jamais se põe como fenômeno e que não pode ser definida conceitualmente, na sua totalidade. Neste livro, Metafísica é o filosofar que visa à explicação última dos fenômenos originários enquanto tais e tomados da sua totalidade, ou seja, do Mundo. No entanto, Metafísica do Belo caracteriza-se como um filosofar ancorado numa visão romântica por excelência, pelo fato de, nela, haver uma exaltação da Música como modo privilegiado de acesso à Realidade "das Ding an sich". Desse modo, a Arte manifestada pelos grandes Gênios medeia a superação da necessidade de desejo e de razão, que implicam no sofrimento do homem no mundo. Trata-se, aqui, de um Pessimismo Metafísico que conduz a uma aniquilação do mero conhecimento fenomênico do Mundo. Propõe-se uma Metafísica da Ética com base na negação consciente do desejo interesseiro. Isso ocorre primeiramente ao Homem Santo e, igualmente, ao Gênio Esteta. Mas, pode ocorrer a qualquer ser humano. Desse modo, Estética e Ética se inter-relacionam. Por fim, culminamos num saber imediato que se relaciona mais com a Música de todos os tempos do que com a Ciência da Modernidade.