As discussões sobre a necessidade de uma revisão das práticas de leitura literária na escola vêm ganhando corpo nos últimos anos. Cada vez mais, o modelo de comunicação escolar parece afastar-se dos processos comunicativos e artísticos que vêm transformando a sociedade contemporânea. Por um lado, o descentramento cultural pressiona na direção de interações permanentes, com simultaneidade de vozes e textos, em especial os que não dependem de alguma autoridade como transmissora de conhecimento. Por outro lado, o contexto contemporâneo é pouco considerado no eixo pedagógico, que não lança mão dos acervos pessoais e coletivos já disponíveis, isolando-se do sistema social.