A partir da leitura da narrativa memorialística de Zélia Gattai no livro A CASA DO RIO VERMELHO (1999), o texto faz um reconhecimento do gênero híbrido autobiográfico e dos procedimentos inventivos do EU, tanto daquele que narra a sua própria biografia quanto a do objeto de sua contação, a memória biográfica dos Outros. Considerando a lembrança como uma memória perceptiva, impressões, emoções e afetos, sua escritura necessita de memória do passado para revivê-la no presente entre duas vozes: a primeira e a terceira pessoa, nas quais o narrador funde a fala oral à escrita, recompondo, em simultâneo, a história pessoal e a realidade histórica. A narradora exercita o método autobiográfico por meio de dois discursos, o testemunhal e o confessional. Tanto as imagens da memória pessoal quanto as do entorno geográfico e histórico são material ficcional de sua invenção, num trabalho de recomposição da meta-memória.
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