O Grande Cisma foi a separação que aconteceu na Igreja entre ocidente latino e o oriente bizantino, tendo por expoente questões politicas, econômicas e culturais que se deram ao longo dos tempos na caminhada do cristianismo. Entretanto, o maior artífice do cisma se deu no campo teológico através de duas compreensões distintas acerca dos direitos do papado e do "Filioque". O marco historiográfico de tal fato situa-se em 1054, mas se consolidou em tempos posteriores criando uma verdadeira barreira nas relações entre as duas Igrejas até a atualidade. Com este presente trabalho, pretendemos lançar um breve olhar sobre a historiografia apresentada pela Igreja Ortodoxa, onde se pode perceber uma raiz pela qual perpassa todos os elementos constitutivos que conduziram ao estado de ruptura; trata-se de um processo no desenvolvimento do ocidente que o levou a quebra da unidade conciliar existente na Igreja desde os primórdios do cristianismo.