A tese central deste estudo é que de maneira similar como acontece com o Estado, a Política Criminal de Drogas se constitui numa ideologia que cria a realidade que a sustenta, ocultando as relações de poder, sociais e econômicas que há por detrás do mercado das drogas ilícitas; em outras palavras, a política internacional de drogas adotada pelo Brasil e pela Colômbia produz as dores que ela pretende combater. Para isso se estuda o impacto da Política Internacional de Drogas no Brasil e na Colômbia, analisando a maneira como estes países têm adotado o modelo internacional de forma distorcida para adaptá-lo a sua própria realidade, o que tem estimulado o desenvolvimento de um mercado ilegal de drogas na América Latina e os problemas sociais associados a ele e à dependência a estas sustâncias.