Quando se trata de alfabetização, os holofotes se direcionam para as discussões acerca das práticas didáticas, contrapondo teorias a estratégias metodológicas. São discussões que não contribuem com o desenvolvimento do ensino. Os processos de cognição e de criação dos alunos caminham à margem das disputas por preferências, que ocorrem entre as estratégias metodológicas. No que se refere à alfabetização, a todo o momento o alfabetizando está aprendendo, ativa seus processos cognitivos, que são biológicos e culturais, e, ao mesmo tempo, emerge a criatividade. Quando o aluno se vê por completo - um ser biológico/lógico - aumenta o alcance de sua visão para o mundo que o cerca, o que o torna ainda mais humano. A princesa que tudo via é um conto de tradição oral, utilizado nesse livro como um instrumento para se compreender e se explicitar os aspectos bio-culturais que levam à alfabetização. Que o professor vislumbre o novo, uma nova forma de pensar o sujeito do conhecimento, no sentido de integrar e não destruir as possibilidades de criatividade no conhecimento, nem a maravilhosa humanidade que se ergue a cada aluno alfabetizado!