As Propostas Curriculares oficiais, executadas através de ações verticais e centralizadoras, com objetivo de organizar e melhorar a qualidade do Sistema de Ensino, alteram as relações de poder no interior da escola, redimensionando sua dinâmica. Mudanças que interferem na autonomia relativa dos profissionais da educação e buscam consolidar um novo consenso. Estas são mediadas pela cultura escolar, pelos sujeitos com suas diversidades de leituras pedagógicas e de olhares sobre o mundo. Neste espaço público, lugar de trabalho e realização de vida, a Proposta define-se num campo de conflitos políticos e ideológicos. Os desdobramentos destas novas concepções produzem impactos no Projeto Político e Pedagógico, interferindo nas diretrizes do ato educativo e na gestão. Este livro propõe analisar os momentos tensos dessas mudanças sob controle, da negação das ações criadoras e afirmativas dos educadores,ao mesmo tempo que trata da cultura escolar como campo de resistência, capaz de forjar identidades de autonomia e liberdade.