Este trabalho tem como objetivo destacar a perspectiva de Carl Gustav Jung a respeito da Psicologia da Religião tanto ocidental como oriental. Deste modo, pode-se afirmar que a proposta do Círculo de Eranos de integração entre racional (ocidental) e irracional (oriental), patriarcal e matriarcal, sempre permeou a obra de Jung. Pode-se dizer que esta perspectiva já estava presente em Jung desde seus escritos iniciais quando, ao abordar a religião, não se atentou a seu aspecto institucional, e sim ao psicológico; descrevendo então o a priori religioso do homem. Deste modo Jung destaca a possibilidade de diálogo entre as culturas ocidental e oriental e as diferenças e similaridades entre estas no pensamento dele. Apesar das diferenças, é mostrado com predominância as similaridades, como visto na afirmação de Jung acerca da necessidade ocidental de uma volta aos primórdios, dentro de uma perspectiva ocidental medieval dos alquimistas e gnósticos, o que reafirma a proposta de Eranos.