Uma análise do drama existencial da protagonista de Exílio, de Lya Luft, pelo estudo simbólico do conteúdo do romance, no qual se mostra o significado profundo dos elementos que compõem o processo de individuação, conforme exposto por Marie Louise von Franz, em O Homem e Seus Símbolos (2005), coletânea de textos de psicologia analítica e pelo pensamento junguiano a respeito do psiquismo humano, a partir dos arquétipos do inconsciente coletivo e pessoal durante tal processo, a saber: as manifestações da persona, da sombra, do animus, do Self. Partiremos do pressuposto de que a compreensão do romance depende da apreensão da natureza simbólica desses elementos e suas representações no enredo; da ligação que mantêm entre si; e da sua relevância para a estrutura da narrativa e para a trajetória de sua heroína, Doutora.