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Este livro investiga a maneira pela qual os sujeitos constroem sentidos no contexto avaliativo e como isso se reflete em suas produções escritas em sala de aula. Partimos do pressuposto de que a interpretação das questões avaliativas depende tanto dos procedimentos de decodificação como da realização de inferências, pois acreditamos ser muito difícil haver compreensão sem inferências. Tendo isso em mente, buscamos investigar de que modo a elaboração das questões avaliativas pode interferir no desempenho inferencial dos alunos; de que forma a concepção de avaliação dos alunos exerce influência nos processos inferenciais. Além disso, buscamos relacionar as marcas linguísticas presentes nas questões avaliativas e as inferências havidas nos comentários dos sujeitos. Para o empreendimento de nossa pesquisa optamos por adotar a concepção sociocognitivo-interacionista de leitura segundo a qual o sentido não existe a priori, sendo uma construção que envolve a interação autor-texto-leitor. E, no caso especial das avaliações utilizadas em nossa pesquisa, percebemos que as inferências produzidas pelos alunos são reguladas não apenas pela visão decodificadora da avaliação defendida por muitos.