Este trabalho investigou a linguagem utilizada por adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de privação de liberdade no Centro de Socioeducação de Ponta Grossa e teve por objetivos verificar a influência de fatores sociais - extralinguísticos - como nível de escolaridade, convívio e tempo de internação do falante no uso de uma variedade linguística caracterizada pela presença de palavras com sentido figurado; identificar a presença ou ausência dos termos e expressões coletados em um dicionário de Língua Portuguesa, comparando o significado contido no dicionário com o sentido dado aos termos pelos entrevistados e, por fim, analisar algumas narrativas sob a ótica do preconceito linguístico.A primeira parte da entrevista semiestruturada - as entrevistas narrativas de experiência pessoal - permitiu constatar que metade dos entrevistados já sofreram discriminação e preconceito devido à variedade linguística utilizada.