A questão da governança das empresas comerciais tornou-se uma questão fundamental. Tornou-se inevitável e a lei OHADA, que serve de enquadramento espacial para este estudo, não é excepção. A reflexão sobre a governança e as responsabilidades de cada parte na empresa começa a partir da noção de poder. De facto, a questão da direcção e controlo das empresas ou poderes na empresa é permanente. O incumprimento das obrigações dos gestores tem consequências para a situação da empresa, e particularmente para os seus resultados ou desempenho. Se os gestores se revelarem incompetentes ou incapazes de conduzir os negócios da empresa, tomarem decisões inadequadas ou colocarem os seus próprios interesses à frente dos da empresa, há um grande risco de que os interesses da empresa, dos sócios ou mesmo de terceiros fiquem comprometidos. O comportamento dos administradores pode assim ser uma fonte de danos para a empresa, para os sócios ou para terceiros. Assim, surge a questão da sua responsabilidade.