O "produto", que vem no título desse estudo, poderia ser substituído por "mercadoria", mas foi mantido pelo seu duplo sentido: o sentido de mercadoria fetichizada, segundo Marx, que causa alienação e insculpe a busca sem sentido humano pelo valor do produto na sociedade capitalista; e o sentido de produto como fator(es) que gera(m) o resultado aqui expresso em um modelo social que seja alternativo ao capitalismo. O produto como efeito, a comunicação interativa como psicologia intermental dos membros da sociedade que são a própria sociedade, segundo Tarde, a suavização da atitude blasè nos termos de Simmel e a noção de sabedoria de François Jullien são os meios para superar o ressentimento sócio psicanalítico nos modelos de construções sociais no Brasil ou no mundo. Segundo Kehl, é possível uma sociedade mais humana, como Marx imagina, sabendo-se que a criação não é mais a mesma de ontem, mas é a combinação e a mescla igualmente ou mais apta a criar outro modelo de sociedade.