Partindo da consciência de que o artesanato se encontra num momento de considerável vigor, apesar da aparente supremacia tecnológica e de que a percepção relativamente ao artesanato oscila ao longo do tempo, neste livro pretendemos averiguar o estatuto e o significado do artesanato na Época Contemporânea. Após uma breve história dos ofícios, com início na Antiguidade Clássica e desembocando na ruptura entre a beleza e a utilidade que surgiu no século XVIII, o primeiro capítulo é dedicado a uma análise das disputas e diálogos entre o artesanato, as belas-artes a indústria, desde a Revolução Industrial e do movimento Arts and Crafts até à era digital. O segundo capítulo aborda o entrelaçamento da actividade artesanal na dicotomia entre a cultura de elite e a cultura de massas, desde a sua formação no século XIX até à actualidade. O terceiro e último capítulo centra-se na obra de quatro artistas-artesãos contemporâneos, em que os temas previamente desenvolvidos são tratados de formasistemática.