No Brasil, até meados da década de 80 do século passado, locais específicos como nascentes, encostas, relevos acidentados providos de características especiais únicas, não eram considerados como ativos naturais que pudessem gerar retornos econômico-financeiros. Esses ativos, embora relevantes, em caso de necessidade deveriam ser destruídos para garantir a sobrevivência dos seres mais importantes do universo, no caso, o homem. Entrementes, com o decorrer do tempo, devido à extinção de espécies vegetais, animais e pontos turísticos de rara beleza, tais atrativos se tornaram pontos fundamentais para a prática do turismo. A Lagoa da Princesa, nascente do Rio Paraguai, situada no Estado de Mato Grosso (Brasil) é um desses atrativos. Embora dotada de rara beleza, mesmo protegida por leis, se encontra em estado de degradação e descaso. Visando a reversão desse quadro foi aplicado o Método de Valoração Contingente MVC para balizar a realização deste trabalho. A aplicação do MVC subsidiada pelos fundamentos da Economia Ambiental Neoclássica utilizada para atribuir um preço de preservação à Lagoa da Princesa, é o objetivo ulterior do presente estudo.