Considerado um dos sete pecados capitais para os cristãos, o conceito da gula como pecado pode ser definido como o desejo insaciável pela comida e bebida, também associado ao egoísmo humano, do ¿muitö, do querer ter mais e não se contentar com o que tem, vício que poderia ser equilibrado pela virtude da temperança. Entretanto, com o decorrer da História, a visão sobre a gula tornou-se plural, dependendo da cultura ela pode ser vista como um sinal de status, ou como fundamental em celebrações religiosas e rituais sociais que reafirmam identidades por meio do quê, como e o quanto se come. Hoje, ainda, o guloso pode estar associado à figura do gourmand e do gourmet, uma gula aceita e valorizada pela sociedade. Neste livro de Raul Lody, a gula é apresentada como uma virtude, liberta de seu princípio moral de pecado, e, ao longo dos capítulos, o leitor poderá se deliciar com as descrições, histórias e impressões do autor a respeito de pratos tradicionais da mesa brasileira. Os textos que compõem esta coletânea levam em consideração os aspectos econômicos, sociais e culturais de ingredientes que revelam a identidade da mesa brasileira, como o coco, bacalhau, tapioca, feijão, sanduíches, frutas, milho, pimentas, bolos, enfim, uma reunião de sabores tradicionais.
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