A complexa vivência do cuidador informal dimensiona-o como cliente dos cuidados de enfermagem. A partir de uma matriz teórica interdisciplinar conceptualizamos a vulnerabilidade enquanto sensibilidade ao outro e perspetivamos o processo de cuidados como um encontro vivido entre o enfermeiro e o cuidador informal. Propomos uma teoria explanatória com o objetivo de compreender o processo mediante o qual o cuidador informal se mantém eticamente vulnerável na relação de cuidado à pessoa dependente. Analisamos que é através da comunicação intra e interpessoal que o cuidador informal expressa a manutenção da sua vulnerabilidade ética, e é através da forma intencional como pensa, sente e age que o mesmo a vivencia. A sua identidade evolui num processo de construção do si-mesmo como instrumento do cuidado sob um conjunto de condições, estratégias e consequências. Neste processo, este Padrão é o apelo à abertura do enfermeiro para cuidar da vulnerabilidade ética do cuidador informal. Na teoria ¿Estar Eticamente Vulnerável¿ o enfermeiro é-com-o-outro, coexiste com o cuidador informal no tempo e espaço vividos desenvolvendo o processo de apreciação do padrão, de sincronização e de avaliação.