A imagem técnica, apresentada na teoria de Vilém Flusser como expoente de toda uma concepção imagética característica da sociedade midiática, constitui o ponto de partida através do qual analisamos nesta pesquisa algumas das implicações trazidas pela revolução digital das mídias. Utilizamos a técnica da xilogravura como estudo de caso do comportamento adquirido por tais mídias dentro de novos contextos comunicacionais, que envolve desde a perda dos suportes tradicionais até a sua imersão no meio digital. Ao investigar a evolução da xilogravura como mídia e objeto técnico, encontramos um caminho possível de análise dos diferentes tipos de produção material e simbólica que se inserem no universo das imagens técnicas, bem como da produção de sentido que é implicada e representada por esta mídia.