Numa África onde a ausência das acções de coordenação necessárias para um objectivo determinado e a falta de vontade política para a marcha rumo a uma governação democrática permitem a propagação de uma ditadura absoluta e de golpes de Estado repetidos. Assim, o nascimento dos politico-militares gera uma ditadura. Com o apoio e interferência estrangeiros, a consolidação de regimes ditatoriais contribui para a monarquização de estados semelhantes à selva, onde os fortes triunfam sobre os fracos. Desde a reivindicação e conquista da independência, os Estados africanos no seu conjunto continuam a afundar-se na obscuridade política, reflectida em factos e manobras políticas. A democracia, por sua vez, falhou face ao progresso para comportamentos políticos menos favoráveis, que dominam os líderes africanos. Os desafios da boa governação e da democracia são, portanto, enormes. Ao mesmo tempo, isto provoca deserções, apesar das muitas mudanças políticas.