A doença crónica, onde se inclui a HTA, representa a principal causa de morte e de morbilidade em Portugal, colocando vários desafios à pessoa e à sociedade. O controlo da HTA está muito dependente da gestão individual das alterações e recomendações sugeridas pelos profissionais de saúde, que cada pessoa desenvolve e integra no seu estilo de vida. Para controlar e viver com esta doença as pessoas devem integrar vários comportamentos de autocuidado no seu dia-a-dia, gerindo e aderindo a um regime terapêutico mais ou menos complexo. Neste domínio de gestão de mudanças e sua incorporação no autocuidado, os enfermeiros assumem um papel fundamental enquanto facilitadores do processo. Partindo deste pressuposto, os enfermeiros devem compreender a forma como a doença crónica, que se associa a alterações dos estilos de vida, afeta a vida das pessoas, ajudando-as nessa gestão. Com este estudo pretendeu-se identificar a adesão ao regime terapêutico nos doentes com HTA e as causas da não adesão para uma melhor compreensão desta problemática, com vista a uma ajuda mais profissionalizada aos doentes com HTA. Este estudo foi orientado pelo Professor Doutor Abel Paiva e Silva.