A escassez de areias naturais, em particular nos grandes centros urbanos, que têm levado a indústria da construção civil a se interessar pelo tema. Com relação à aplicabilidade técnica dos agregados miúdos reciclados, pesquisas científicas têm mostrado a viabilidade de seu uso. Porém, normalmente tais pesquisas tentam enquadrá-los à curva granulométrica dos agregados convencionais, algo complexo e ainda objeto de discussão. Sob este contexto, partindo do pressuposto de que as frações granulométricas dos agregados miúdos reciclados apresentam caraterísticas diferentes, e que, portanto, estas características influenciariam de forma distinta nas propriedades de argamassas e concretos; o trabalho propõe o estudo das frações granulométricas de duas areias recicladas, a AR1 (areia de uma usina de RCD) e a AR2 (areia de RC de corpos de prova de uma usina de concreto). Os resultados mostraram que a areia AR1 e sua fração pulverulenta são capazes de refinar poros das argamassas e que há diferenças nos comportamentos físico-mecânicos das argamassas recicladas, conforme a fração granulométrica é substituída, aumentando a possibilidade de aplicação dos agregados miúdos em designs de misturas.