No presente estudo de investigação, analisa-se a agressão entre reclusos como um castigo excessivo e informal, pois quem entra na prisão para aguardar um processo-crime ou para cumprir uma pena, responde à violência com a sua própria violência devido à desconfiança na coerência das estruturas internas dos agentes de controlo social e na rejeição daqueles que os sujeitam. As condições que facilitam a agressão entre reclusos são identificadas através da definição dos mecanismos que a justificam, examinando as responsabilidades dos responsáveis pelo exercício da autoridade e os efeitos em que se traduzem os comportamentos agressivos entre reclusos; através da explicação e descrição de factos retirados dos comportamentos assumidos pelos reclusos para analisar uma realidade que passa despercebida às entidades envolvidas.