Nas ultimas décadas a agricultura familiar passou a responder por boa parte dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras, fazendo com que essa categoria social passasse a receber uma atenção especial por parte da academia, criando novos cursos de pós-graduação e eventos, e pelo Estado com novas políticas de apoio e incentivo. No Vale do Jaguari não tem sido diferente, ou seja, ao longo do tempo os agricultores familiares tiveram que ir se adaptando às mudanças que foram ocorrendo, principalmente aquelas relacionadas às novas exigências do mercado e do meio rural, bem como na adoção de ferramentas e estratégias que garantissem a permanência no campo e uma melhor ascensão econômica e social. Na região o melhor exemplo acontece em Nova Esperança do Sul, município de colonização italiana, que assim como os demais possui forte vocação agropecuária, porém muito identificado com o setor industrial, com diversas pequenas e médias empresas que atuam no setor coureiro calçadista e um curtume que destina sua produção exclusivamente para exportação. Este trabalho aborda a tipologia da agricultura familiar local que adotou a pluriatividade como forma de adaptação a essa nova ruralidade.