Estuda-se a situação vivenciada pelos agricultores familiares em função das transformações ocasionadas pela modernização tecnológica da agricultura, principalmente a partir do ¿fenômeno sojä, em meados da década de 1970, onde a região noroeste colonial do estado do Rio Grande do Sul, sul do Brasil, foi palco de significativas mudanças no processo produtivo dos agricultores familiares, em que um grande número deles abandonou as atividades agrícolas e buscou alternativas para sua reprodução. A principal dificuldade foi a incorporação das novas tecnologias e a sua adequação ao padrão produtivo que passava a vigorar. Este estudo de caso é especificamente centrado no município de Crissiumal e as alternativas de desenvolvimento adotadas pela comunidade. Propõe-se apresentar como os agricultores familiares reorganizaram os mecanismos de sua reprodução social sem depender ou promover uma modernização tecnológica nos processos produtivos e sem abandonar os princípios rurais que norteiam sua vida e seu comportamento. A dinâmica se dá através da inter-relação dos atores sociais públicos e privados, o governo municipal e a sociedade com o sistema produtivo local da agricultura familiar.