O presente trabalho tem por objetivo descrever a experiência de produção do algodão em consócios agroecológicos de agricultores familiares da comunidade de Irapuá no município de Nova Russas (2009 a 2011), Estado do Ceará. A agricultura convencional adota um modelo que não proporciona um desenvolvimento sustentável, favorecendo a degradação ambiental e a exclusão social dos menos favorecidos e a concentração de terras. Diante desta insustentabilidade para a vida, movimentos sociais e pesquisadores iniciaram estudos em busca de técnicas que não degradassem o meio ambiente e unissem o conhecimento popular ao conhecimento científico para, assim, auxiliar no processo de regeneração dos ecossistemas. Surge, a partir de então, a construção da ciência agroecológica, que vai além da produção de alimentos, onde possa ser feita uma agricultura sustentável, que garanta a preservação do solo, dos recursos hídricos, da vida silvestre e dos ecossistemas naturais, e ao mesmo tempo garanta a segurança alimentar.