Este livro, procura compreender as resistências usadas pela personagem Ndani para subverter a violência respaldada sob a premissa da alteridade, tanto a enviesada na imposição dos costumes do colonizador, quanto à pautada numa ideologia de gênero. Para concretizar este estudo, percorremos um longo caminho, a começar por investigar o sistema colonialista instaurado na Guiné-Bissau, país, cuja independência política ocorreu, unilateralmente, em 1973; além de especificar quais as principais funções da literatura africana, cujo papel central é colocar os marginalizados como protagonistas da narração da nação e sujeitos de um discurso capaz de criticar o colonialismo e todo tipo de opressão. Diante do estudo empreendido, podemos certificar que a protagonista resiste à violência colonial e de gênero por meio de ações concretas e, sobretudo, dos (des)silenciamentos, os quais são revelados através de uma narrativa consciente, por meio da qual o narrador revela o pensamento da protagonista; esta, através de uma resistência passiva, ridiculariza e resiste o discurso e as atitudes de seus opressores.