A presente pesquisa parte de uma compreensão da Filologia como prática social, uma prática social que ocupa uma dimensão considerável do desenvolvimento dos Estudos da Linguagem no Ocidente e que tem na Romanística um dos seus ramos mais avançados, em virtude das condições idôneas constituídas pelo vasto conhecimento das duas pontas que abalizam a história das línguas românicas: o latim e as próprias línguas continuadoras dele. Observou-se, então, que em obras consideradas clássicas da Filologia Românica é recorrente o uso de termos como língua, idioma, dialeto, patois etc., pelos quais se enuncia um mesmo referente no discurso filológico - um código verbal - o que manifesta um posicionamento do sujeito autor ante tais definições, fazendo transparecer o seu posicionamento ideológico, do qual faz parte tanto o seu conhecimento teórico como a sua visão de mundo.