A transformação do manguezal preservado, um dos ecossistemas mais impactados mundialmente em razão do aumento da urbanização, se reflete na alteração dos diversos processos na interface atmosfera-vegetação e no microclima da floresta de mangue, afetando processos ecológicos como a regeneração e o crescimento das plantas. Dessa forma, através de técnicas de processamento digital de imagens de satélite, o trabalho avaliou a relação entre as modificações no ambiente e seu reflexo sobre o desenvolvimento fenológico da vegetação de mangue, de modo a evidenciar o potencial de resiliência do mangue ao longo de aproximadamente duas décadas de período analisado. Os resultados obtidos demonstraram que o manguezal do Pina-PE, vem passando por um processo de recuperação por conta da resiliência característica desse ecossistema, bem como pela maior proteção dessas áreas, caracterizadas como de preservação permanente. Ficou evidenciada a necessidade de limitação das formas de exploração desse ecossistema, pois a conversão de florestas de mangues em áreas degradadas expõe a superfície à radiação solar direta, alterando o balanço radiativo e refletindo nas respostas espectrais da vegetação.