Como a maioria dos países africanos, a Guiné implementou uma estratégia de exploração dos seus recursos haliêuticos desde a liberalização da sua economia em 1984. Esta estratégia procura combinar a maximização das receitas que o Estado pode obter da exploração destes recursos, a garantia da segurança alimentar e a conservação da diversidade biológica para a sua exploração sustentável. A análise integrada de uma estratégia deste tipo apresenta resultados díspares, reflectindo o impacto do ambiente político, económico e social do país na última década e a procura crescente de peixe no mercado internacional. Estes condicionalismos são prejudiciais à conservação da biodiversidade e à segurança alimentar. São propostas soluções que favorecem a participação activa dos actores locais num esforço concertado de desenvolvimento do sector, permitindo um melhor controlo das operações, a protecção e a recuperação das espécies e dos ecossistemas, a fim de limitar as causas da erosão da biodiversidade e assegurar um desenvolvimento sustentável do sector em benefício da comunidade local e do Estado.