O crescimento urbano em África é certamente manifestado por um aumento do número de pessoas nas cidades, mas sobretudo por um processo de contínua expansão espacial (densificação horizontal) explicado por uma série de factores políticos, económicos e socioculturais. A cidade de Ziguinchor não é imune a este problema. Este documento utiliza uma abordagem metodológica baseada na utilização de ferramentas geomáticas e dados socioeconómicos para quantificar e analisar as questões e consequências da dinâmica espacial da cidade de Ziguinchor em relação à influência das crises (a seca dos anos 70 e 80, o conflito de Casamança). Esta leitura diacrónica e socioeconómica da cidade facilita a monitorização da dinâmica espacial através das várias extensões desde 1914 até aos dias de hoje. Isto permite apreciar o avanço da frente urbana, medir a taxa de recuo do espaço agrícola comum, e ver a evolução da recomposição territorial do uso do solo ao longo dos anos. Isto é para antecipar melhor as disputas de terra, controlar o uso da terra, e enfrentar os múltiplos desafios da governação urbana.