A pesquisa revela a relação do arquivo fato delituoso de tráfico de drogas com a memória discursiva sobre o tráfico de drogas no Brasil, em produção escrita do escrivão. A análise que se deu no texto legal deteve-se na discursividade do arquivo, na memória dos enunciados. Ela partiu das seguintes constatações: dados os depoimentos na Delegacia de Polícia pelos jovens flagrados e pelos dois policiais, a enunciação da produção escrita do escrivão construiu o fato do crime de tráfico de maconha sob a ótica da significação da memória discursiva, da circulação social sobre o tema, implicando, desde o início do processo penal, direcionamentos no trajeto de sentidos (traficantes e traficância). Enfim, formulações discursivas constituíram sentidos de criminologia. No entanto, para o sucesso da Defensoria Pública se deu o trabalho pela materialidade da linguagem, pelo linguístico e pelo histórico, inseparáveis no campo do discurso, resultando em amostragem de sujeitos réus determinados por sentidos de inocência. Nas relações discursivas modernas de defensoria, é o atenuante da vitimologia o percurso de sentido para a absolvição das "vítimas da traficância".
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