Após o acidente nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, em 2011, muitos países têm identificado a necessidade de melhorias para os processos de licenciamento ambiental e nuclear de seus reatores nucleares. No Brasil, o licenciamento nuclear é conduzido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o licenciamento ambiental é de responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). No licenciamento nuclear, o comportamento da central nuclear é estudado com modelos de cálculo e simulação, que descrevem os fenômenos físicos que ocorrem nos reatores nucleares. A Análise Probabilística de Segurança (APS) concentra-se em uma sequência de eventos que podem levar à fusão do núcleo do reator, além de estudos de confiabilidade dos sistemas de segurança. No licenciamento ambiental, é necessária uma Análise Quantitativa de Riscos (AQR), incluindo avaliações probabilísticas, visando apoiar o Estudo de Análise de Risco (EAR), o Programa de Gerenciamento de Riscos e o Plano de Emergência da central nuclear. Na presente publicação, são descritas as metodologias existentes, no Brasil e em outros países, no tocante à APS e suas implicações.