Esta obra expõe alguns conceitos e informações relevantes sobre papel que o fígado desempenha na disposição metabólica de vários agentes químicos endógenos e exógenos, incluindo quase todos os fármacos. Durante o processo de biotransformação pode ocorrer a formação de metabólitos intermediários altamente reativos que se não forem convenientemente eliminados podem interagir com macromoléculas celulares lesando o órgão. A hepatotoxicidade idiossincrática associada ao uso de antiepilépticos aromáticos é bem conhecida e tem sido atribuída ao acúmulo de intermediários tóxicos formados durante a bioativação hepática. Nesta obra avaliamos, in vitro, o efeito da carbamazepina, fenitoína e fenobarbital, bem como dos seus respectivos metabólitos na função mitocondrial e na indução do estresse oxidativo em mitocôndrias de fígado de rato, como possível mecanismo de ação hepatotóxica desses fármacos. Após todos os estudos realizados, podemos dizer que os resultados sugerem a participação do dano mitocondrial, mediado pelo estresse oxidativo causado pelos metabólitos dos Anticonvulsivantes aromáticos, no desenvolvimento da hepatotoxicidade idiossincrática induzida por esses fármacos.