Uma das características da pós-graduação, anteriormente ao período da Reforma do Ensino em 1968, era que a formação de pesquisadores de alto nível dependia mais de esforços individuais do que institucionais. As trocas de experiências internas entre os grupos eram esporádicas e os contatos com o exterior, praticamente inexistiam. O período do pós-guerra e o novo formato que assumiu a economia internacional, contribuíram para que, no Brasil, se criassem as condições para o desenvolvimento da pós-graduação no período seguinte: criação das universidades federais, católicas, institutos de pesquisas, associações profissionais, CNPq, CAPES e o aumento da população universitária. A era da pós-graduação inaugurou uma fase de formação profissional no sentido de capacitação institucional - financiamento, orientação sistemática, cursos, bibliotecas etc - que qualitativamente transformou o caráter da pesquisa científica no país. Do autodidatismo, passou-se a uma fase de iniciativas institucionais e coletivas.